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domingo, 5 de junho de 2011

Meu próprio duelo


Eu cheguei ao meu limite das forças...
Não agüento mais tanta dor dentro de mim...
É uma dor que me sangra...
Um vazio que me atinge...
Uma revolta que me suga...
Tenho que mudar a minha vida e viver...
E saber lidar com as perdas...
Mesmo que eu sofra e me abata...
Tenho que saber que tudo tem começo, meio e fim...
Saudades é o fruto das lembranças...
É o processo do tempo..
Que se alastra...
Mesmo assim preciso que não me invada...
Estou sem forças para continuar...
Não dá pra eu viver sempre a dor e o sofrimento...
Preciso de liberdade...
Pois está acabando comigo...
Está me desnutrindo...
Esse peso da solidão que habita em minha alma...
Está me adoecendo...
Só choro e quase não tenho paz...
Porque o problema está em mim...
Eu que me abandonei e não me cuido...
De certa forma no meu silêncio...
Entrego-me...
Perdi a confiança nas pessoas...
Não acredito mais em ninguém...
Nem em mim...
Mas jamais posso me afogar nas mágoas
E vivê-las mais do que minha vida...
Tornei-me uma pessoa amarga...
Antes sabia sorrir...
Hoje só sei chorar...
Antes usava roupas alegres...
Hoje, só uso roupas escuras...
Como se eu tivesse me escorando na obscuridade...
E tentasse até fugir de mim própria...
Acomodei-me nas minhas fraquezas e tristezas...
Fechei-me para a luz não entrar...
Até a esse momento só atravessei por tempestades...
Gritos me afligindo...
Chega uma hora que cansa sofrer tanto por uma coisa que nem sei...
Sinto falta de algo..
Como se eu tivesse faltando um pedaço...
Eu reneguei a pouca beleza que resta nessa vida...
Pra eu ficar triste pelos cantos...
Não sou mais a mesma...
Mas quero voltar a ser aquela menina...
Vi as pessoas que amo morrerem...
Vi pessoas se desentenderem...
Vi pessoas semeando desavença...
Ou seja, preferia se eu não tivesse visto...
Fora as decepções que tive de passar...
As simulações que tive que agüentar calada...
Máscaras caindo e caras descobertas...
Ilusões acreditadas e desfeitas...
Sem aonde me apoiar...
Fiquei-me no desamparo...
Só com minhas angustias e respostas vagas...
É sofrido saber que a qualquer momento...
Podemos sair de cena...
E partir...
É doloroso saber o que aprendemos amar não foi aquilo que a vida quis...
Como é um golpe quando o disfarce se desveste...
Por isso temos que a amar uns aos outros...
Pois não sabemos do dia de amanhã...
Uma hora estamos aqui...
Outra podemos ser chamados...
Temos que viver os momentos que nos restam...
E precisa ter qualidade...
Sofrer atrasa a vida...
Impede de nós sermos felizes nem que sejam por pequenos momentos...
E quem nos engana...
Devemos extrair dentro de nós...
Porque é nocivo...
Temos que amar o que é para nós amarmos...
E não amarmos o que não nos amamos...
Desabafo de uma alma querendo mudar o estilo e os pensamentos...
Chega de eu escrever e expressar esses sentimentos contidos e trancafiados em mim...
Abala-me muito...
Pois muita coisa está oculta em meu coração...
Muitos segredos não revelados estão lá...
Muitos bloqueios e ressentimentos...
Só eu sei o que há dentro de mim...
Vou dar a volta por cima...
E surpreender quem acha que não tenho capacidade de sair dessa...
E vem com arrogância,palavras duras e só sabem me diminuir...
Minha auto-estima está na lama!

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