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domingo, 31 de maio de 2015

Passos seguro



 

Caminhava pela calçada nua, tendo somente por companhia o som dos teus passos;
Passos esses jovens e vigorosos...
Andava pela cidade, aspirando o ar gélido da manhã
O sol morno ainda não aquecia
E o vento soprava forte.
Andava ligeira pelas ruas, de nariz no ar e olhos em quem passava, procurando algo que me fizesse acordar do sonho.
Só tinha os teus passos comigo, seguros e impetuosos.
E eu caminhava, caminhava mas nada encontrava.
Nada de nada.
De tanto procurar, voltei-me pra trás e nada de nada.
Tinhas partido...
E só tinha comigo o som desses teus passos seguros
e a lembrança do ímpeto com que marcavas a calçada.
Uma lágrima caiu-me, desamparada na calçada.
E do céu azul, uma brisa que me secou as seguintes.
Eras tu, feito remoinho,
que de mim cuidavas;
e a carícia feita de vento, aqueceu a minha manhã
e segui pela calçada nua...

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A escuridão possui-me...

 
As trevas do pensamento humano
A escuridão dos seus corações
Os subúrbios dos seus desejos...
A mais amarga tristeza
De uma lágrima derramada
Sobre uma espada cravada
Em corações inocentes...
Esta dor que dói
Sem nos apercebermos...
Que corrói nossas entranhas....
Que magoa...
A mais pura sensação de fraqueza...
Presos nos escombros
Prestes a cair no abismo fatal...
A solidão...
Magoa...
Mata-nos aos poucos com os seus espinhos...
Sangue derramado
Incolor a nossos olhos...
Pobre criatura presa nas trevas.
Seu sofrer
Já não mais sentido...
Seus gritos mudos...
Suas lágrimas secas...
Seu olhar em vão...
Apenas dor...
Apenas alma...
Apenas solidão
Em seu coração!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

o amor que não há


 
 
O amor que não há.

A pele fria.

Sopros de vento cortam-me a pele sem teus abraços.

O amor que não há.

Um coração enfermo.

Corpo frágil para aguentar as lamina da saudade.

O amor que não há.

Não há tardes.

Não há noites.

E o amanhecer é um eterno sono.

Sonho.

Sono.

Sonho no amor que não há.

Que me mata de verdade.

O amor que há.

Há amor.

A dor que há a desatinar a chorar pelo amor que não há de voltar.

 

 

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Simplesmente uma Borboleta