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domingo, 26 de agosto de 2012

Solidão...


Solidão é espaço vago no coração,
não tem fundo, nos afunda no abismo
da escuridão, é vazio cheio de despeito,
um buraco no peito, um deserto de amplidão.
Solidão é um silêncio medonho,
do tamanho do próprio ser, que enche
a alma muitas vezes sem um por que.
Solidão é como um barco naufragado,
sem um porto para ancorar, que vagueia
sem rumo, perdido em alto mar.
Solidão é caminhar conversando com
própria sombra refletida, e na loucura
de cada passo saber que esta sombra
tem vida.
Solidão é chuva fina em dias de frio,
é observar da vidraça os pingos caindo
até se formarem um rio.
Solidão não tem chão,
não tem fundo,
é buraco profundo
criado no coração.
Solidão é flor sem perfume
céu sem mar...
Mar sem ondas, noite sem luar,
é rastro desmanchado pelo vento
de um pássaro que já não pode
mais voar...
 

Saudade...

Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com
os dias que ficaram mais
compridos...
Não saber como encontrar
tarefas que lhe cessem o
pensamento...
Não saber como frear as
lágrimas diante de
uma música...
Não saber como vencer a
dor de um silêncio,
que nada preenche...
 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Rabiscos de um caderno velho

Não adianta escrever teu nome e rabiscar por cima,
Isso é só um meio de me lembrar de que você foi um erro em minha vida.
Não adianta eu sonhar contigo
Pois quando eu acordar você não vai estar comigo.
Não adianta eu passar por lugares onde estivemos e lembrar-se
de ti.
Já passou, e a gente não está ali.
Não adianta eu pensar se você pensa em mim ou se me
esqueceu,
Não posso voltar atrás e concertar o que já aconteceu.
Não adianta eu te querer de volta, não tem volta.
Não adianta eu sorrir na tua frente fingindo estar bem,
Porque vou chegar em casa, me trancar no quarto e chorar.
Você não se importa se eu estou bem.
Não adianta eu desfilar com outra em sua frente.
Não causa nenhum efeito.
Não posso me culpar pelos teus erros,
Nem fazer o mesmo com os meus.
Tudo passou, e teu amor não é mais meu.
Não posso remoer o passado, remoer sentimentos que não vão
voltar...
Não adianta eu chorar.
E não adianta eu rabiscar essas cartas!



domingo, 19 de agosto de 2012

...

Eu tenho as cicatrizes da batalha do amor...
E eu as vejo sempre que me olho no espelho.
Eu sobrevivi, mas eu preferia ter morrido.
Pois a dor que carrego dentro do meu peito age como um veneno letal que me mata aos poucos.
E ele já existe em mim...
Á algum tempo!

Cicatriz

Tudo muda,
Tudo volta a ser o que era...
E eu?
Onde eu me encaixo?
Ando fora de órbita.
Ando fora de mim.
Me sufoco me retraio,
Me retalho...
Não consigo mudar o que eu sou,
ou o que me tornei.
O tempo que pode cicatrizar feridas,
Tornou a minha vida
uma cicatriz.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Quando eu parti....

Quando parti da sua vida;
Senti seu sofrimento,
Senti seu coração.
Senti sua emoção reprimida
Quando saí de sua vida;
Vi seu rosto pálido,
Suas lagrimas caindo;
Vi o desespero nos seus olhos;
Como se o mundo estivesse partindo!
Sinto-a ainda viva, dentro de mim...
Ainda vejo seu rosto, seu choro...
Posso ainda sentir-nos amando...
Senti-la dentro de mim...
E eu dentro de você.
Ainda sinto seu corpo,
Fazendo-me perder o fôlego...
Seus doces lábios, nos meus.
Mais você sabe por que eu parti...
Machucou-me, rastejando-se em minha pele,
As feridas formadas, não cicatrizarão.
É como se algo dentro de mim, me puxasse
Para sob a superfície...
Me consumindo, me confundindo
Foi como se as paredes estivessem se fechando.
A dor, angustia, a paixão que sinto por você,
Debruça-se sobre mim.
Fico parado em frente ao espelho e vejo sua imagem...
Lembro o quanto você me fez chorar, gritar,
rastejar; mutilar-me por você...
Mas o que me fez, é impossível esquecer.
As feridas estão arraigadas em meu peito,
E sangram sem parar...
Vejo também, que as suas começam a se abrir.
O desespero da perda começou a tomar conta de você.
Agora é você que está gritando e rastejando,
Pensando no que pode acontecer...
Parar de sofrer...
Parar de pensar em você...
Nada se pode fazer!
Na verdade, eu não queria partir
Porque, apesar de tudo, ainda amo você!
Infelizmente não tem volta,
Infelizmente não tem perdão,
Pois, nesta caminhada.
Encontrei alguém...
Codinome...
SOLIDÃO!
Talvez não a ame com tanta intensidade,
Como amo você.
Talvez ela não consiga
Fazer-me esquecer
Que um dia você me fez padecer!
Só sei que no alvorecer
Minhas feridas vão se desvanecer...

Dama invejável

De alma morta...
Face sedutora com ar gélido da escuridão.
Seus olhos vazios fincam nas minhas entranhas
E faz de mim seu subalterno
Trêmulo...
Sinto o seu sangue frio correr em minhas mãos
No túmulo dos seus sonhos
Na cova fria dos seus pensamentos,
Melindram o mau, a dor, a raiva...
Desejo-te nas encruzilhadas sombrias do meu caminho
Desejo-te nas sepulturas do meu destino.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Coisas mal resolvidas...

Ficou a sensação de coisas mal resolvidas...
De palavras sufocadas na garganta
Um amor verdadeiro machucado...
De tantas coisas não esclarecidas.
Uma eternidade parece que já vivida,
Desencontros hostil finda o que era continuidade,
resíduos daquilo que era encanto,
sobrou neste espaço.
Quem errou não importa...
Como vidro quebrou-se, na maldita hora
Resíduos do lamento de ter acabado assim
Algo que poderia ter sido uma bela história.
Deveria ser assim suave...
Sem machucar tanto.

Meu amor morreu...

Sangra meu coração,
há lágrimas nos meus olhos.
Será sempre assim agora,
minutos, anos afora...
eterna solidão!
Não mais o seu calor,somente dor!
Inesperadamente,meu amor morreu!
Como seguir vivendo?
Ninguém responde.
Não há resposta, eu sei,
perguntei por perguntar,só pra falar...
Preciso ouvir ao menos o som da minha voz
vencendo este silêncio atroz...
Impossível viver sem amor!
Neste mundo tudo ama...
Há sempre um coração que chama por outro coração.
Ninguém pode viver em solidão.
eu só...
Somente eu
Apenas meu corpo vive
minha alma no espaço se perdeu
por que...
Porque meu amor morreu...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Beijo orvalhado

A manhã rompe as trevas
O sol dá um ultimo beijo à Lua
Antes que ela descanse...
E do céu tombam gotas de orvalho
Que acordam e refrescam a natureza ainda adormecida
Solto um beijo numa rosa branca pura...
Tão pura como o beijo que nela coloco
E nas pétalas deixo calor e saudade
E ao desfolhá-la
Lanço cada pétala ao vento da manhã
Esperando que voem até você
E te toquem o rosto
E te levem lembranças minhas
Abraços mudos
Beijos sentidos
Tudo aquilo que não pude...
 dar-te!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Antes que eu suma

O meu coração livre será...
Quando você não estiver mais nele
E sim estiver calado em sua própria ausência...
Pois teu silêncio compromete a minha existência
Porque me perturba e faz sempre me lembrar de nós dois
Por isso esse amor precisa partir
E tem que levar essa dor pra bem longe
Que deixou minha alma em frangalhos
E o que me restou no meio dessa turbulência
Foi minha companhia
E pelas trevas eu atravessei
Eu chorei tanto...
Que me afoguei nessa solidão...
Com seu rosto na minha lembrança
Só que chega...
Não posso mais sofrer dessa maneira
E sentir saudade de quem nunca me viu e amou
Por isso foi fácil seguir...
Enquanto eu quase agonizei de tanta decepção
E você em momento algum desistiu de sua fuga
A saudade ficou...
Mas você não merece nada de mim
Mesmo assim eu sinto...
Ela é eterna e será nela que farei você dormir
Antes que eu suma
E não exista mais...

Nostálgico...

O meu coração é nostálgico
E vive de lembranças...
Ele fala aquilo que estou sentindo
E desabafa a perda que sofri
A dor me cala...
E só consigo ouvir o silêncio
Pra eu me refugiar...
E ficar com minha saudade
É a fuga que preciso...
Exatamente pra eu me restaurar...
E poder chorar sem ninguém me vigiar...
Só que preciso passar primeiro pela tristeza
Para depois sorrir...
A minha vigilante já é a minha sombra
E minha solidão é parte do que perdi...
E o tempo é de acordo com o grau da minha ausência
Mas logo deixará de ser meu guardião...
Porque não pretendo sofrer a minha vida toda
Por um amor que não nunca tive
Só que mesmo ter me magoado
Esse amor vive em cada canto da minha memória
E cada saudade que insiste em me sangrar
Preciso te abortar...
Pois não quero mais conviver com sua voz
Chamando-me...
Portanto vou me silenciar
Até você deixar de existir
Na minha alma...

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Simplesmente uma Borboleta