É no silêncio que ela vem bem devagar...
E me acaba...
Quando estou sozinha no meu canto...
O sofrimento ocupa minha alma...
Ela chora por amar alguém distante...
Um amor que se faz ausente...
Eu resisti tanto a essa dor
Que uma hora não pude resistir...
Ela voltou a me torturar...
Sem ao menos esperar...
Ela sangrou o meu coração...
E as lembranças não perderam a força...
Dei um giro no passado...
Mas pretendo que ele fique quieto...
De preferência lá atrás...
Sinto saudade daquele mar de rosas...
Não do que foi embora...
Saudade é a lágrima que me afoga...
E machuca...
Pois me mata pouco a pouco...
Com o nome que precisa ser apagado da minha memória...
Tenho que parar de chamar por ti...
Só assim serei liberta dessa solidão...
Onde o escuro prevalece...
O vazio findará quando o amor dormir...
Não vagarei mais nas trevas te procurando...
Você é cheio de medos...
Por isso não lutou por mim...
Preferiu desistir a ter coragem de ficar comigo...
Acomodou-se no seu sofrimento inventando...
Escorou-se nos seus medos que você acumulou...
Tudo pra ter desculpa de não abraçar o nosso amor...
Eu não te admiro...
E por esse motivo...
Não te amo mais...
Deixou-me na solidão e definhando em silêncio...
Por não ter valentia...
Não te perdoo...
Magoou-me muito e essa angustia que me fez passar...
Pois mais que tente não tem como esquecer...
Fez-me amar uma invenção...
Mas a dor ainda está dentro de mim...
Pois de vez em quando acorda...
Quero que ela parta junto com esse amor...
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