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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um estopim {meu verso}

Memórias à beira de um estopim,
Ou de como vivemos de negações para colher afirmativas
{como uma mão aberta esperando um cumprimento que não vem}
Memórias a guisa de um motim,
Ou de como o fato de existirmos já anula a existência de Deus
Memórias à beira de um estopim,
Ou de como a lágrima que não derramei
Pelas torres gêmeas são verdadeiras
Memórias à beira de mim mesmo,
Ou de como, em mim mesmo,
Sou memórias e fatos – sou concreto e acontecimentos
{como uma boca aberta esperando um beijo que não vem}
Memórias a guisa de um motim,
Ou o motim em torno de minhas memórias?
: explodo?
Estopim à beira de minhas memórias,
Ou de como o pavio descansa em minhas mãos
– e o fogo em tuas
: explodimos? !
{como uma trincheira aberta esperando a granada que vem}
Memórias a...

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