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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Gemido do violino



Uma lágrima se solta...
Sem ventos, sem brisas.
Se volatiliza num gemido de violino!
Dorme...
Por dentro da luz ténue de silêncios finos...
Silenciados na concha tumular que cobre todas as pedras desalinhadas da calçada.
Hoje caminho na avenida...
Piso a passos precisos...
Os trilhos por onde tantas vezes viajante sozinho dentro de mim.
E sozinho em ti, perdido num labirinto...
A nebulosa esmaecida teima em perpetuar-se á minha frente
Persistente a lágrima cristalizada se solta, rola extemporânea.
Avança, morde e beija a boca.
Tem o sabor salgado da saudade e, contudo, liberta...
Traz-me de regresso a realidade
Refulgentes, os raios iluminando da manhã traçam nos paralelepípedos novos desenhos constelados.
Das ruas pardacentas, aos poucos, a espasmos, a primavera brota.
Estrangula o vazio e a melancolia nostálgica
Emerge em sons...
Eternas sintonias genésicas
Na igreja em frente, toca o sinos...
As ruas recobrem se, serenas, com as cores brancas do manto Divino.


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