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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Lágrimas depressivas



É assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia
Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas…
Lágrimas desperdiçadas…
Tentando aliviar meu martírio
E eu odeio tudo isso.
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria
Lágrimas…
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas…
Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar
Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Mas isso não me abateu
Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano.
Muita gente morreu…
Nessa imortal depressão.



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