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domingo, 1 de maio de 2011

Soneto da tristeza

A magoa envelhece, vira brancura...
O coração de tristeza arrefece e chora.
Tudo que a vida parece, é só desventura,
Por tanto tudo vira dor, sem demora.
A saudade emudece o peito, e só secura...
Os olhos tristes, sem luz vão embora.
Maltratada fica a alma, é só fissura,
Como o orvalho da manhã que se evapora.
Na solidão o destino fica encarcerado...
Guarda um resto de paixão e pecado,
E o amor aos poucos se esvairia.
Na noite fria e sem consolo, só a desilusão existe...
A penúria se faz solta e tudo fica mais triste,
Sorrir pelo que me parece, nunca mais ousaria

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