Às vezes, convenço-me de tua presença quando olho
para dentro de mim e vejo as rotas alteradas das flores nos canteiros que vão da alma ao coração.
Ando na garupa do sonho,
sentindo que podemos estar suspensos entre o nada e o que deixou de ser, fingindo que sou ventania, que sou poesia concreta nas mãos do agora.
Quando abro os olhos é para ver os pássaros ao redor,
é para sentir que estou menos só menos estranha. Mas a grande verdade da cega é que o amor ainda é amor....
ainda é palavra e alimento quando sangro menos, quando permito andar descalça nas nuvens
sem charme que insistem em estar no meu céu.
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