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quinta-feira, 21 de abril de 2011

RETRATO


Olhando seu retrato em preto e branco, vendo esse olhar distante
Percebo que não estas pensando em mim, e dói muito saber disso.
Insisto em ser sua amiga, é reconfortante te ter por perto, mesmo sabendo que sentes saudade de outra pessoa que, não sou eu.
Às vezes te ligo, sem saber o que realmente falar, as palavras fogem do meu pobre ser.
Você nem me nota, mas eu estou a beira de sua porta todos os dias, a espera de um sinal seu, durmo e acordo na esperança de um dia você me convidar a entrar
E quem sabe até me oferecer uma xícara de café, uma conversa informal.
Não esperaria muito ou mais que isso, ficaria feliz apenas em te ouvir, em assistir teus sonhos remotos, de ouvir e revive-los.
Ver fotos coloridas além desta aqui em preto e branco, que tanto me assombra e que tanto me basta, com esse olhar que não busca os meus, com essa sede na boca que não é de mim.
Escrevo-te aqui sem nem saber direito como concluir meu raciocínio, que agora está tão perdido em meio a tantas idéias de como tentar aproximar meu coração do seu.
Só me resta esse maldito retrato que dilacera meu peito, mas que também consola esta infeliz saudade que carrego dentro em mim, saudade de você que pouco vi, que quase nem toquei, mas que insiste em meus pensamentos, que invade minhas paredes vazias que inunda minha alma, com esse quase meio sorriso que vejo no retrato.
Paredes que só ecoam o seu nome dia e noite, incansavelmente.
A se tu soubesses que aqui, quem escreve essas poucas palavras pobres e desprovidas de alegria, é alguém te ama e sente saudade do seu perfume, dos teus cabelos lisos e curtos
E até desse meio sorriso, tímido e fugaz, que imaginei vendo o retrato.
Deixarias tudo e contentar-te-ia apenas de meu amor.
Se soubesses o quanto me custa colocar isso pra fora aqui no papel, que nem ao menos tenho
TUAS MÃOS
 

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